- 11-02-2018
- Autor: Teresa Macedo Dias
- Categoria: Franchising

Quer para franchisadores, como para franchisados.
Portugal está em franca expansão de novas franquias. Com conceitos mais variados e elaborados, confira alguns números que provam o crescimento do franchising em Portugal: neste momento, existem cerca de 600 franquias em Portugal nas mais diversas áreas e, de acordo com o “22º Censos e Franchising” relativo a 2016, este gerou 5,1 milhões de euros, é responsável por 2,79% do PIB nacional, assim como pela criação de 117.450 postos de trabalho (cerca de 2,55% do emprego em Portugal).
Para a sua franquia continuar a ser um sucesso, confira aqui 7 erros a evitar:
- Muitos franchisados têm desconhecimento total do sistema de franchising. Sem essa informação – e desconhecendo os seus direitos e deveres – só depois do negócio estar fechado, é que começam as reclamações que podem levar ao fecho da unidade. Por isso, se é franchisado, informe-se bem antes (como, por exemplo, a definição da sua área geográfica), e se é franchisador, explique tudo ao seu futuro franchisado.
- Dados financeiros errados. Normalmente, o franchisador elabora um plano de negócios ou um estudo de viabilidade económica generalista. No entanto, o mesmo na maioria das vezes não serve para todas as regiões/distritos. Por isso, é aconselhável fazer um estudo mais específico para cada situação.
- Falta de fundo de maneio. Hoje em dia, já é possível abrir uma empresa com apenas € 1,00. Na altura em que abri a MDWorld, eram € 5.000,00 no mínimo. E continuo a acreditar, que deve ser este o valor mínimo que cada empresa deve possuir para fazer face às despesas iniciais. Neste momento, já existem bancos que possuem uma linha de crédito muito vantajosa exclusivamente para franchising.
- Trabalho. Comprar uma franquia diminui o risco de erros, uma vez que o modelo de negócio já foi testado. No entanto, possuir o seu próprio negócio – mesmo com formação e ajuda do franchisador – não é garantia de sucesso. Tem de seguir o modelo, e trabalhar ainda mais que como empregado. Não se esqueça que um cliente mal atendido não volta. No entanto, a boa noticia é que como em qualquer negócio, se tiver uma boa equipa (e bem formada), com o tempo eles tomam conta do seu negócio e fica com mais tempo livre, para abrir até quem sabe outra franquia.
- Local errado. A escolha de um local errado, é já meio caminho para que uma franquia possa não ter sucesso. Neste caso, o franchisador e o franchisado devem procurar em conjunto o local ideal, tendo em conta não só se o negócio é de compras por impulso ou não, ou se a renda é equivalente ao que o franchisador aconselha, se o seu público-alvo se encontra naquela zona, etc.
- Perfil do franchisado. Este ponto é também muito importante. Se o franchisado não está consciente e disposto a trabalhar, por vezes até aos fins-de-semana (como é por exemplo o caso de restauração), se está empenhado, se é mesmo a área com que se identifica, se é empreendedor. O franchisado por sua vez, antes de escolher uma franquia, deve ter em consideração a área com que se identifica, e não apenas a “marca” ou o retorno da mesma.
- Estar presente. Se comprar uma franquia e não estiver presente, o mais certo é que não dê certo. Pelo menos nos primeiros 2 anos, é importante que seja o próprio a administrar o seu negócio. Apesar de ser um negócio testado, é fundamental cumprir com rigor as técnicas do franchisador, conhecer as dificuldades do dia-a-dia, poder dar feedback ao franchisador e conhecer os seus clientes.
Votos de sucesso!
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